Quando completei trinta anos, no meio de uma crise, a famosa crise dos trinta, falei sobre o assunto. Mas o ego era tão gigante que não entendi nada. Assim como Caetano:
"Você não está entendendo quase nada do
que eu digo, eu quero ir-me embora, eu quero é dar o fora, e quero que você venha
comigo."
O problema é que não dava mais para ninguém vir comigo. E tampouco dava para ser aquela mulher, tipo Sex and
The City, por mais que o convite fosse romântico e tentador.
Isso tudo terminou
lá em 2005, e órfãs românticas foram deixadas para trás, suspirando com as reprises das histórias e esperando o resgate pelo príncipe encantado. Eu fui
deixada para trás, felizmente.
Amanheci e aprendi. Cresci. Floresci.
E nos
últimos quinze anos passei a ter orgulho de dizer: Por mais que tenha um carinho especial pelas historias que escrevi, e vivi, não sou mais Carrie. Isso passou, e hoje sou só Janaina. 45 anos, livre, leve, feliz e...FEMINISTA.
(A única coisa que não mudou foi a fé nas minhas amigas, essa só aumenta!)